quinta-feira, 9 de dezembro de 2010


Bom dia. Nem sempre é um bom dia - pelo menos para mim não, meu humor é péssimo logo pela manhã. Para quebrar o clima tenso, sempre ligo o rádio na melhor estação, tentando abstrair a sem gracesa de uma manhã que logo se tornará monótona com o passar das horas. Na escola todas aquelas pessoas estranhas, cada qual com o grupo que se identifica, mas todos com os mesmo objetivos - ou não. As explicações que parecem sem fim, algumas palavras insanas, debates, discórdias. Na vinda para casa, vejo de tudo um pouco, mas nada que me chame muito a atenção, as vezes surgem os imprevistos, mas sempre trago comigo um pouco de mágoas, pensamentos, momentos e até meu desgaste do pouco tempo que passei. Tento me distrair, mas a TV sempre insistindo nas mesmas matérias, mostrando a trágica vida das pessoas, que se tornaram escravos do mesmo sistema, nada de surpreendente, tudo previsível. Até a hora em que parto do meu mundo consciente, para o meu infinito mundo inconsciente, único lugar em que eu me sinto livre de mim mesma e todas as pessoas. " Natália, Natália! Hey, acorde! " É, minha viagem acabou por ali. Agora vou para as minhas incansáveis horas na net, mesmo estando tedioso, eu não costumo sair.. as vezes ensaio umas notas de violão, ando e net. Assim segue as minhas horas até o cair da noite. Confesso que as vezes fico esperando contentemente até que apareça uma inesperada surpresa, que eu me surpreenda com alguém, uma mensagem, uma ligação, uma conversa, uma visita quem sabe, mas me decepciono. Abro meu caderno e meus livros, passo um olhar crítico e cansativo sobre as letras que parecem diminuir a cada segundo, fecho-os. Mesmo com os programas cada vez piorando o senso e não ajudando nada ao meu intelecto, eu ligo a TV e espero o sono vir. Logo, quando toda porcaria se acaba, ligo o meu velho rádio na melhor estação do mesmo modo em que comecei meu dia, para esquecer as " nada previsíveis horas " que tive, e viajar naquele momento em que parece ser meu, meu e do silêncio. E novamente espero por uma surpresa, uma expectativa em vão. Me deito e agradeço por mais um dia de vida, apesar de passar das uma da manhã, tenho que acordar cedo para recomeçar mais um constante ciclo da minha vida. Eis aí minha rotina nada desejável, algo que quebre com toda e qualquer inveja da minha mísera existência.

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